A discussão sobre ESG no agronegócio é um dos pontos mais relevantes para as empresas do setor nos últimos anos.
Neste contexto, a ESG, conjunto de práticas alinhadas com a responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa, ganha interesse de grandes players do agro pelas oportunidades e benefícios que oferecem.
Para este artigo, vamos explicar como é possível aplicar o modelo ESG no agronegócio e quais suas principais vantagens para o setor.
Acompanhe a seguir!
O que é ESG?
A sigla ESG significa “environmental, social and governance“, que traduzido para o português significa “meio ambiente, social e governança corporativa”.
Em síntese, o termo é utilizado para nortear ações empresariais e promover um impacto social significativo. Além disso, também é empregue para a mensuração das práticas ambientais, sociais e de governança de uma empresa.
Sendo assim, para ser ESG, as empresas devem executar projetos com o intuito de:
- Defender ativamente os recursos naturais;
- Promover o engajamento em políticas de diversidade e redução das desigualdades;
- Mitigar casos associados a corrupção, assédio e discriminação.
Confira o conceito de cada pilar a seguir!
Meio ambiente
Envolve a aplicação de ações relacionadas a problemas como mudanças climáticas, uso de recursos naturais e poluição.
Social
Corresponde às práticas que resultam em impactos na comunidade, em saúde, segurança, direito dos trabalhadores e relação com os clientes.
Sendo assim, são medidas ligadas a programas de bem-estar e que são capazes de melhorar as condições de trabalho, políticas de inclusão e diversidade, patrocínio e iniciativas sociais.
Governança
A governança refere-se às atuações relativas à gestão de riscos, transparência fiscal, respeito aos códigos de conduta e ética, programas anticorrupção e direitos dos acionistas.
Neste contexto, algumas das práticas aplicadas são: políticas de remuneração, criação de um conselho administrativo independente e representativo e utilização de ferramentas anticorrupção.
O que é ESG no agronegócio?
A princípio, no agronegócio, as práticas de ESG estão relacionadas às estratégias e modelos de negócios alinhados com responsabilidade ambiental, social e de governança corporativa.
Veja a seguir algumas práticas aplicáveis para o setor do agronegócio:
Ambiental
Em geral, iniciativas para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e adoção de agricultura de baixo carbono já são pautas do agronegócio brasileiro. Essas duas ações fazem parte do pilar ambiental de uma gestão ESG.
No Brasil, uma das principais ferramentas que ajudam a combater essas questões é o Plano ABC. Criado em 2010 pelo governo federal, o projeto estimula a agricultura de baixo carbono.
De acordo com o governo brasileiro, a meta é reduzir a emissão de CO2 em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário, por meio do ABC+ que consiste em uma versão mais avançada do plano para o período de 2020 a 2030.
Para alcançar esse objetivo, é preciso executar ações efetivas que favoreçam:
- Redução da poluição do ar, do solo e da água;
- Combate ao desmatamento e abertura de novas áreas agrícolas;
- Aumento da biodiversidade com a recuperação de áreas degradadas;
- Uso de energias de fontes renováveis;
- Gestão de resíduos sólidos;
- Zoneamento do risco climático da área agrícola;
- Implantação de tecnologias de integração da lavoura-pecuária e floresta.
Na prática, o plano ABC funciona como um dos principais recursos para o produtor rural desenvolver ações de sustentabilidade ambiental, tecnologias e inovação na fazenda.
Um desses recursos é a linha de crédito Programa ABC, que concede financiamento e investimentos embasados nos conceitos de ESG.
Social
O pilar social no agronegócio está associado às relações sociais da empresa rural com os trabalhadores do campo, comunidades e consumidores. Em outras palavras, é preciso que as empresas do setor mensurem os impactos causados na sociedade e nas áreas que englobam sua atuação.
Nesse sentido, as práticas sociais dentro da empresa rural devem considerar fatores como diversidade da equipe, oportunidades iguais para todos, melhorias nas condições de trabalho, investimento em treinamento e equipamentos, entre outros.
Além disso, outro aspecto imprescindível é respeitar as leis trabalhistas, direitos humanos e proteção de dados e privacidade.
Governança
A governança está associada à administração da empresa rural que prioriza uma boa conduta corporativa. Por isso, é importante que ela tenha em sua composição um conselho de administração e comitês de auditoria.
Vale ressaltar que a governança é basicamente a forma como a empresa organiza seus processos corporativos. Isso inclui a administração, estrutura de tomada de decisões e transparência em relação aos resultados, bem como o trabalho que está sendo executado.
Desse modo, uma boa governança preza pela transparência em todos os níveis (o que inclui instituições públicas e empresas privadas), além da comunicação com todas as partes interessadas no negócio.
Vale ressaltar que a Assinei, nossa plataforma de assinatura eletrônica e gestão de documentos, é uma solução que pode ser utilizada por organizações que decidiram adotar o modelo de gestão ESG no agronegócio.
Isso porque além de contribuir para a preservação do meio ambiente, por meio da redução da impressão de papéis, a Assinei contribui para a otimização do trabalho dos colaboradores, que conseguirão desburocratizar e simplificar suas atividades com uma gestão de documentos digital.
Portanto, ao diminuir o fluxo de documentos físicos, as empresas do agronegócio conseguem ter:
- Economia com impressões e arquivamento;
- Redução de tempo nas formalizações e negociações;
- Segurança e validade jurídica das assinaturas digitais e eletrônicas;
- Processo de gestão eletrônica de documentos mais ágil;
- Responsabilidade socioambiental;
- Aumento da performance dos colaboradores.
Qual a importância da ESG no agronegócio?
De modo geral, os princípios da agenda ESG permitiram que os profissionais do setor agrícola direcionassem seus olhares para pilares importantes, que vão além da sustentabilidade.
Em outras palavras, os pilares “social” e “governança” ganharam força e se tornaram essenciais em negócios que desejam manter a produção agrícola alinhada com as tendências e transformações do mercado.
Dessa forma, os empresários do setor precisam promover mudanças em suas práticas de manejo, gestão e liderança. Para tal, é necessário direcioná-las pela agenda de sustentabilidade, responsabilidade social e administrativa da empresa.
Essas mudanças já fazem parte do comportamento do consumidor, que hoje não olha para a sustentabilidade somente na hora de escolher uma marca, mas também ao investir, utilizar o meio de transporte e em outras atividades cotidianas.
Sendo assim, as empresas do setor rural que seguem os princípios ESG podem beneficiar a organização, sociedade e meio ambiente. Desse modo, o negócio ganha mais força perante não só aos olhos dos consumidores, mas também dos investidores.
De que forma implementar a ESG no agronegócio?
Em síntese, a implementação da ESG é feita por meio da adoção de práticas ambientais, sociais e de governança.
Confira algumas medidas que sua empresa rural pode adotar!
Pratique a rastreabilidade da cadeia de valor
A rastreabilidade da cadeia de valor consiste em se informar sobre a origem dos produtos oferecidos pelos seus fornecedores. Assim, será possível verificar se a aquisição dos produtos ocorreu de forma ilícita ou por meio de algum método que causa danos socioambientais.
Dessa forma, a partir dessa prática, o produtor rural aumenta a transparência na cadeia de suprimentos, minimiza riscos e, assim, atua em conformidade com a agenda ESG.
Invista na digitalização do campo
A princípio, a tecnologia é uma grande aliada das empresas rurais que desejam aumentar a sustentabilidade do processo produtivo.
Afinal, por meio da agricultura 4.0, que utiliza recursos como drones, sensores, telemetria e software de gestão, é possível realizar um monitoramento eficiente da propriedade rural e tomar decisões mais assertivas para o negócio.
Em geral, ao obter acesso a informações precisas e detalhadas, o produtor consegue otimizar o uso dos recursos ambientais, diminuir a aplicação de defensivos agrícolas e, consequentemente, aumentar a produção.
Por fim, como resultado, há a redução dos impactos socioambientais associados ao agronegócio.
Reduza as emissões de carbono
A emissão de GEE é um dos fatores responsáveis pelas mudanças climáticas. Estas, por sua vez, elevaram a temperatura do planeta e afetaram a estabilidade do clima, provocando secas intensas e inundações.
Sabemos que o aquecimento global representa um desafio para a produção agrícola e para as atividades do campo, que precisam de clima favorável.
Nesse sentido, é fundamental que o setor agropecuário desenvolva estratégias sustentáveis para reduzir as emissões de carbono.
Acompanhe os impactos sociais da sua empresa
De modo geral, acompanhar os impactos sociais de suas atividades econômicas é uma forma de adotar os princípios da agenda ESG no seu negócio.
Portanto, avalie a participação da sua empresa na comunidade e adote medidas que ajudem a promover o bem-estar dos funcionários e o desenvolvimento regional do seu negócio.
Adote estratégias de governança
De acordo com dados da pesquisa Agronegócio: Desafios à Competitividade do Setor no Brasil, realizada em 2020 pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a governança é o segundo principal gargalo do agronegócio, acima apenas da infraestrutura.
Segundo o estudo, isso acontece devido à grande participação de pequenos produtores rurais e empresas familiares na produção agropecuária brasileira. Como a adoção de processos de governança exige certas burocracias e novas despesas, é mais difícil para esses agricultores e pecuaristas implementarem essas práticas.
Em geral, dentre as práticas que podem ajudar a desenvolver o pilar da governança no setor do agronegócio, estão a criação de um plano estruturado de sucessão e a revisão da estrutura societária, principalmente nas empresas tradicionais e familiares.
Ademais, também é importante considerar as regulações internacionais e nacionais do setor e adotar boas medidas de governança corporativa.
Quais são as vantagens da ESG no agronegócio?
Em síntese, entre as principais vantagens da ESG no agronegócio, temos:
- Melhora do desempenho financeiro;
- Aumento da confiança do investidor;
- Conquista da fidelidade do cliente;
- Fortalecimento da marca corporativa;
- Aumento da retenção e satisfação dos colaboradores;
- Redução de custos e desperdícios;
- Aumento de receita com redução de custos;
- Garantia de transparência;
- Amenização dos riscos.
Além das empresas, é importante destacar que os cidadãos também são favorecidos com essa iniciativa.
Afinal, a partir de práticas ligadas a ESG, a sociedade usufrui de aspectos ambientais e sociais como a melhora na qualidade do ar e das águas, proteção da fauna e flora, redução da discriminação, aumento de condutas afirmativas de igualdade, entre outros.
Quais são as futuras perspectivas para a ESG no agronegócio?
Atualmente, o Brasil lidera a produção e exportação de diversas commodities agropecuárias. Segundo a pesquisa Projeções do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a estimativa é que até 2030, a produção agrícola brasileira cresça mais de 20%.
Nesse cenário, as empresas que adotarem modelos de negócios alinhados com os pilares do ESG certamente se diferenciarão no mercado e, consequentemente, construirão bases sólidas de crescimento e perpetuidade.
Dessa forma, quanto antes as empresas do setor rural se atentarem para as estratégias que priorizem os princípios ambientais, sociais e de governança, maiores serão chances de sucesso no mercado do agronegócio.
Conclusão
Neste artigo, explicamos como podemos aplicar o modelo ESG no agronegócio e qual sua importância para o setor. Além disso, apresentamos as principais vantagens e tendências para o futuro.
Diante disso, vimos que o uso da assinatura eletrônica e a gestão de documentos eletrônicos são práticas integrantes do modelo de gestão ESG no agronegócio. Afinal, ambos contribuem para a preservação do meio ambiente e tornam os processos corporativos mais ágeis, seguros e transparentes.
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