Você conhece uma cooperativa de saúde?
Presente no Brasil há mais de 50 anos, as cooperativas de saúde, segundo o Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2020, publicação anual da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), atendem hoje 25 milhões de brasileiros, que utilizam os serviços das associações em 85% dos municípios do país.
Atualmente, ainda segundo o estudo, o Brasil possui 783 cooperativas de saúde, que reúnem 275 mil cooperados e empregam mais de 108 mil pessoas. Não à toa, o sistema cooperativo de saúde brasileiro é considerado o maior do mundo.
Neste artigo, nós vamos explicar como funcionam essas organizações e quais áreas elas abrangem.
Então, continue a leitura e aproveite para tirar todas as suas dúvidas sobre o assunto!
O que é uma cooperativa de saúde?
A cooperativa de saúde são associações de profissionais desse setor que têm o objetivo de prestar serviços em suas áreas de atuação.
Nesse contexto, estão:
- Médicos;
- Auxiliares de enfermagem;
- Enfermeiros;
- Fisioterapeutas;
- Fonoaudiólogos;
- Dentistas;
- Psicólogos;
- Entre outros.
Da mesma forma que os demais setores, a cooperativa de saúde objetiva a divisão igualitária dos benefícios e obrigações. Além disso, também não possui um limite de sócios e tem suas decisões baseadas em assembleias.
Como funciona uma cooperativa de saúde?
Em síntese, a cooperativa de saúde pode prestar serviços para pessoas físicas e para empresas (clínicas e hospitais).
No primeiro caso, temos as cooperativas de médicos que, por exemplo, prestam serviços para seus pacientes — ou seja, seus consumidores finais. Esse tipo de atuação é semelhante ao plano de saúde, porém os médicos são sócios cooperados.
Nesse cenário, os profissionais autônomos se unem para oferecer seus serviços, o que contribui para a redução de custos dos mesmos para os consumidores.
Assim como esses profissionais possuem os mesmos objetivos, o compromisso em oferecer serviços de qualidade e democratizar o acesso por meio de valores acessíveis (pela ausência de impostos e lucro) também se torna coletivo. Ao fim, todos se beneficiam — tanto os médicos como os pacientes.
Já no segundo contexto, os profissionais de saúde disponibilizam serviços de home care (cuidadores, auxiliar de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos) para clínicas e hospitais, que contratam os serviços dos sócios cooperados em questão.
Além desses cenários, as cooperativas de saúde também podem realizar parcerias com o governo federal, estadual e municipal para fornecer um atendimento de qualidade em todo o Brasil.
Quando as cooperativas de saúde foram criadas?
O cooperativismo de saúde foi criado no Brasil nos anos 60 por um grupo de médicos do município de Santos, em São Paulo. Desde então, o modelo brasileiro se espalhou por várias regiões do país e para o exterior.
Apesar da popularidade atual, as cooperativas de saúde, no início, não eram vistas como um setor específico dentro do movimento cooperativista. Isso só mudou em 1996, por meio da persistência e representatividade de um grupo de sócios que conseguiu associá-las ao ramo.
Quais são as áreas que integram as cooperativas de saúde?
Em suma, podemos encontrar uma diversidade ampla de áreas que possuem cooperativas na área da saúde.
A seguir, confira alguns exemplos:
Cooperativa Médica
O cooperativismo médico surgiu no Brasil a partir da fundação da União dos Médicos (Unimed), que se baseou nos princípios do movimento e formou a primeira cooperativa médica do mundo.
Na prática, a principal característica desse modelo de cooperativa é o fato dos próprios médicos serem donos do negócio.
No mais, a cooperativa médica é classificada como uma das modalidades de Operadoras de Planos de Saúde, regulamentada pelas diretrizes contidas na Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) n° 39/2000 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Art. 12 - Classificam-se na modalidade de cooperativa médica as sociedades de pessoas sem fins lucrativos, constituídas conforme o disposto na Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971, que operam Planos Privados de Assistência à Saúde.
Além disso, é importante destacar que por operar planos de saúde, a cooperativa médica é submetida ao Sistema de Saúde Suplementar, regulado pela Lei nº 9.656 de 1998.
Cooperativa Odontológica
Diferente de outras operadoras de plano de saúde, as cooperativas odontológicas oferecem planos coletivos ou individuais na segmentação assistencial, exclusivamente odontológica.
Desse modo, sua atuação está vinculada a obtenção do número de registro e autorização de funcionamento concedida pela ANS para atuar no mercado de saúde suplementar.
Vale ressaltar que o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, definido pela Resolução Normativa nº 465/2021, lista todos os procedimentos que o plano deve oferecer.
Assim, ao aderir o plano de saúde da cooperativa odontológica, o usuário tem a segurança de estar utilizando os serviços de uma operadora de plano de saúde especializada no segmento.
De maneira geral, as cooperativas odontológicas podem comercializar planos de saúde para pessoas físicas ou jurídicas, constituir uma rede de serviços própria ou realizar a contratação de terceiros para os tratamentos odontológicos.
Dentre os benefícios oferecidos aos profissionais, estão:
- Acesso a convênios;
- Atualização científica frequente;
- Equipamentos, instrumentos e materiais de baixo custo;
- Custos laboratoriais de prótese com desconto;
- Acesso a trabalhos comunitários, dentro dos projetos da cooperativa;
- Acesso a seguros, outros serviços e planos de saúde odontológicos empresariais.
Cooperativa de Enfermagem
As cooperativas de enfermagem são associações autônomas formadas por profissionais da área que se unem por vontade própria ou intermédio de uma empresa democraticamente gerida.
Nesse sentido, um dos principais objetivos desse modelo de cooperativa é atuar no cuidado domiciliar e assistência de enfermagem em clínicas e hospitais.
Dessa forma, o objetivo é garantir a reposição de profissionais qualificados e oferecer excelência na prestação de serviços.
Qual a importância da digitalização para a cooperativa de saúde?
Inegavelmente, é fato que a digitalização de processos pode trazer diversos benefícios às empresas.
No cooperativismo, isso não é diferente. Não por acaso, a transformação digital, termo que define a busca de empresas e outras instituições por inovações tecnológicas, é um tópico com força no movimento.
Segundo uma pesquisa da Coonecta, o tema ganhou ainda mais importância com a pandemia do Covid-19. De acordo com o estudo, 88% dos participantes apontaram a transformação digital como um tema de “alto grau de importância” para as cooperativas.
Quando pensamos na digitalização de uma cooperativa de saúde, podemos incluir processos mais robustos e específicos (como, por exemplo, o de receituários médicos digitais), como também rotinas do cotidiano.
Diariamente, todas essas associações lidam com diversos documentos, desde comunicados até outros mais complexos, como contratos.
Por isso, um bom início para a digitalização das cooperativas de saúde é eliminar o uso excessivo de papéis com a adoção de documentos digitais.
Desse modo, a comunicação fica mais eficiente, o acesso aos arquivos mais simples e, até mesmo, a formalização de contratos mais ágil.
Nesse sentido, uma boa plataforma de gestão de documentos, como a Assinei, pode gerar benefícios e resultados incríveis nas operações da cooperativa.
Dentre eles, podemos citar:
Facilidade no armazenamento e acesso
Com uma plataforma de gestão de documentos, não será mais necessário acumular papelada em armários, gavetas e caixas — os arquivos serão armazenados na nuvem do sistema.
No caso dos documentos em papel, a cooperativa pode optar pela digitalização dos arquivos e armazená-los na plataforma. Os novos arquivos, por sua vez, já podem ser elaborados no formato digital.
Além da praticidade no armazenamento, o acesso aos documentos também se torna mais simples pela plataforma. Afinal, basta fazer o login no sistema e com alguns cliques, localizar o arquivo.
Nesse sentido, vale ressaltar que o próprio acesso à plataforma pode ser realizado por qualquer dispositivo eletrônico. Essa é uma funcionalidade útil para os departamentos da própria cooperativa de saúde como, também, para os seus profissionais e clientes.
Segurança
Em uma plataforma de gestão de documentos, a cooperativa tem mais controle sobre quem acessa os arquivos. Na Assinei, por exemplo, isso é feito com o uso de cofres e pastas na plataforma, que também auxiliam na organização desses arquivos.
Além disso, os documentos digitais contam com tecnologias como o blockchain e a criptografia para evitar a modificação dos arquivos por terceiros.
Assinatura digital e eletrônica
Os documentos digitais não apenas são mais práticos como, também, possibilitam o uso de assinatura eletrônica e digital.
Essas modalidades de assinatura possuem validade jurídica pela Medida Provisória nº 2.200-2/2001 e podem ser utilizadas em diversos documentos do dia a dia das cooperativas.
Desse modo, é possível formalizar negócios e, até mesmo, receitar medicamentos sem a necessidade da presença física.
Para começar a utilizar as modalidades, leia nosso artigo com o passo a passo de como criar uma assinatura.
Conclusão
Como vimos acima, as cooperativas de saúde têm se destacado no mercado graças à qualidade de seus serviços.
Assim como em outros ramos do cooperativismo, o investimento na digitalização dos processos é um passo importante para o crescimento desse modelo de negócio.
Por isso, é importante que as cooperativas de saúde acompanhem o movimento da transformação digital e adotem soluções que possam não só simplificar as suas operações, mas também melhorar as interações com seus cooperados e clientes.
A Assinei pode ajudar as associações do ramo com suas soluções para documentos e assinaturas eletrônicas.
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Gostou deste conteúdo? Aproveite e confira nosso artigo sobre cooperativismo.